Como de costume, o exame ginecológico fora realizado e Sandro chamou Renata para conversar.
— A
priori, não é nada de mais. Pode ser o mau funcionamento de uma glândula, mas,
com a medicação, voltará a trabalhar normalmente.
— Quais
são as implicações?
— É
cedo para falar sobre isso — respondeu de forma técnica.
Ela
entendeu que ele não queria preocupá-la mais.
—
Olha, é uma oscilação nos níveis hormonais, e a causa é desconhecida.
— O
que quer dizer com isso?
—
Nesse momento, não é nada de mais.
— E o que faremos?
— O
primeiro passo é o tratamento com a medicação, que costuma resolver essas
disfunções em 85% dos casos.
As
dúvidas pipocavam na mente de Renata, até que deu mais importância a uma delas.
—
Isso pode ser genético?
—
Pode sim. — Mas ele ressaltou: — Como também pode não ser nada. Tenha calma.
—
Quer dizer que…
—
Quer dizer que, mesmo se fosse no âmbito da genética, cada organismo age de
forma diferente. — Ele fez uma pausa. — Mesmo a pessoa sendo gêmea.
— O
senhor tem os exames dela aí? — Ela foi além do que deveria.
—
Faz meses que Bruna não se consulta comigo.
Sandro
preencheu o receituário e o entregou.
—
São medicações leves, que não devem causar efeitos colaterais fortes. Caso
aconteça, me procure que faço a substituição.
— Obrigada!
As informações deixaram Renata preocupada e, naquela sexta-feira, quando o tempo surgiu, ela correu para o único lugar onde encontrava paz: a oficina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário