Faltava
pouco mais de uma hora para ele ir embora, mas não diminuía o ritmo de serviço.
Foi quando recebeu a ligação.
—
Rainen?
De imediato,
reconheceu a voz:
—
Oi, amor, tudo bem?
—
Tudo bem.
—
Quanto barulho. Você está no trabalho?
—
Quase. E agora preciso ser breve.
—
Diga.
— Qual o telefone da oficina do Tony?
— É
425-6549, por quê?
—
Indicação de serviço. Agora preciso ir. — E desligou.
Rainen
aproveitou que segurava o telefone e fez uma ligação.
—
Oi, Jimmy.
—
Opa. Eu já tava pensando se ocê ia ligá.
—
Ah, não posso perder a oportunidade.
— Tá
certo. Óia, eu consegui arguma coisa com um colega. Só qui ocê tem que i inté
lá.
— Eu
vou, sim. Onde fica?
— É
uma cidadizinha a 100 quilometros daqui.
—
Qual é o endereço? — Assim que anotou, ele se lembrou. — Já fui duas vezes
nessa cidade. Não é difícil chegar lá.
— É
não — concordou Jimmy. — Ôta coisa. Amanhã ele num tá lá, não. Vai até a casa
dele no domingo, que ele vai ti entregá a mercadoria.
—
Pode deixar. Estarei lá no domingo pela manhã. Jimmy, muito obrigado pela
ajuda.
—
Pur di nada. Ocê mi ajudô bastante também.
—
Depois marcamos aquela pescaria.
—
Tamo só ti aguardano.
— Abraço!
—
Ôto.
Não quis se precipitar, então não comentou nada com Saul, mas se sentiu feliz ao saber que talvez conseguisse ajudar na manutenção daquele veículo.
Dali para às 17h foi um pulo e, pontualmente, às 18h Rainen entrava pela porta da Tony Auto Atendimento. Sentia satisfação ao fazê-lo.
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