Renata
tinha uma preocupação que era vinculada a Bruna. Acompanhar a conversa na
lanchonete possibilitou que fizesse medições referentes à garota, e também ao
noivo.
Enquanto
dirigia para o consultório de Sandro, pôde pensar calmamente.
“Só
vi Bruna tão bem produzida assim num dia em que ela chegou de um jantar com
Marcus. E para ela conversar com Rainen, em um lugar tão simples como o Dunley,
é porque isso era de suma importância…”
Ela
parava o veículo no estacionamento.
“…Ela
esboçava reação a cada palavra de Rainen. E mesmo assim, ela o ouvia. Será que
se fazia na situação para ganhar confiança e facilitar a sua ‘missão’?”
Na recepção, Renata se identificou e foi direcionada para a sala de espera.
“…Não
sei. A forma como olhava para ele, e o jeito como ela chorou. Parecia tudo
muito real. Parecia que ela estava…”
—
Renata! — O médico abriu a porta de seu consultório, interrompendo seus
pensamentos. — Entre por favor.
—
Olá! Você ligou, pedindo para conversarmos. Vim assim que pude.
—
Que ótimo! É sobre os resultados dos seus exames. Há notícias boas e ruins.
—
Apenas me informe — ela pediu.
—
Bem, infelizmente você continua impossibilitada de engravidar. — Por dentro,
ela sentiu seu mundo ruir. — Mas… um acompanhamento mais detalhado dos seus
índices hormonais mostraram considerável melhora…
—
Isso significa que…
—
Isso significa que essa disfunção pode estar vinculada ao seu estado de
espírito ou psicológico, e que pode ser revertida conforme o seu grau de
satisfação.
— Eu
poderei engravidar?
— Há
fortes indicativos que sim. Precisamos agora diminuir o tempo de coleta de
amostra sanguínea para quinzenal e fazer o acompanhamento.
— Obrigada, Sandro! Obrigada mesmo!
Não era uma solução, mas Renata viu uma luz no fim do túnel.
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