Ardes - Capítulo 132

 

Se na mansão dos Doravan era só festa, algo parecido acontecia na casa de Rainen. Onofre e Letícia preparavam petiscos para comerem durante o jogo. Ela retirou os salgados do congelador, colocou em um tabuleiro e botou para assar.

— Você fica de olho enquanto tomo banho?

— Pode ir.

Ele colocou uma cadeira perto do fogão e se sentou observando as guloseimas através do vidro da porta. Minutos depois, Letícia o chamou do banheiro.

— Onofre, esqueci a toalha, pode me trazer?

Ele pegou uma no varal e levou. Quando entrou no banheiro viu a mulher nua. Aquilo foi um estalo na sua cabeça.

— O que foi? Que cara é essa? — Ela estendeu a mão para receber a toalha, mas ele a pendurou na porta. — O que está fazendo?

Ele a segurou pela nuca, prendendo pelos cabelos e lhe deu um tapa na cara. Envergou-a para baixo e ela caiu ajoelhada. Ele arriou o seu short, expondo o membro, semirrijo. Letícia olhou para ele e Onofre o enfiou de uma vez na boca da mulher. Por ser grosso, quase não conseguia engoli-lo, mas o marido continuava forçando. Foram alguns minutos em que ela engasgava, tossia e chorava, e quando achou que estava bom, Onofre a puxou pelo cabelo, colocando-a de pé. Quando ela o olhou no olho, recebeu outro tapa na cara, seguido por um beijo volupioso. Ele a prensava com os braços, sentido o seu corpo colado ao dela. Enquanto abraçado, ele apertava suas nádegas, costas e coxas. Assim a levou para o quarto e a jogou sobre a cama. Com a barriga para cima, ele abriu suas pernas e aproximou o nariz, sentindo o cheiro forte que dela exalava.

— Ainda não lavei — justificou pouco tímida.

— Tá do jeito que gosto.

Letícia já escorria e arfou fundo quando sentiu a língua de seu homem a invadir, foram poucos minutos até gozar. Aproveitando as ondas de prazer de sua esposa, Onofre puxou-a para a beirada da cama e, ainda naquela posição, a penetrou com violência. Como um animal ensandecido, ele a possuiu, entrando e saindo, batendo nela e beijando-a por um longo tempo, mas ele não chegou ao seu orgasmo. Foi ela que percebeu.

— Que cheiro é esse?

Ele parou e respirou fundo.

— Parece algo queima…

— Os salgados! Perdemos os salgados.

— Não importa mais. — Ele a beijou.

— Mas agora estou seca.

— Apenas deixe-me terminar o que comecei.

Ela meneou a cabeça afirmativamente e sentiu a bochecha arder quando levou o tapa. De imediato, a musculatura da sua parte íntima latejou e Onofre a sentiu lubrificar. Recomeçou os movimentos e, poucos minutos depois, também chegou ao ápice do prazer. Essa era a forma como se amavam: com firmeza e brutalidade.

Nenhum comentário:

Ichiria - A Demônia Cega [Sinopse]

  Para manter sua mãe viva, Francisco não mediria esforços. Aceitaria até se comprometer com Clara, a executora de assassinatos que integrav...