Era algo de cunho animal, algo instintivo, que o tomava às vezes, sem que tivesse muito controle. Começou de um tempo para cá, depois que Margareth engravidou. Dentro do elevador, ele estava estranho.
—
Astor, tudo bem? — Margareth perguntou.
Ele
a observou lentamente, desde as sandálias até os cabelos, para responder:
—
Sim…
Ela
continuou achando-o diferente, mas não perguntou mais. E na garagem, caminhavam
até o carro quando ele resolveu ser sincero:
—
Margareth…
—
Sim.
Pelo controle, ela desligou o alarme do carro.
— Eu
preciso da sua ajuda.
Eles
entraram no carro.
— O
que está acontecendo?
—
Estou sentindo dor nos testículos.
Ela
se espantou:
— Como?
—
Isso que você ouviu. Eles estão doendo.
Ela
quis rir, mas olhando a seriedade de Astor, não o fez.
—
Tudo bem! E o que eu posso fazer?
Astor
olhou para todos os lados, mas não havia outro lugar. Então pediu:
—
Vamos para o banco de trás.
—
Não! Espera! Você está dizendo que vamos transar aqui no carro, dentro da
garagem da Lemaw?
—
Amor, não vou aguentar chegar em casa. Por favor!
Mesmo
achando a ideia meio absurda, Margareth se submeteu. No banco do motorista ela
puxou sua calcinha, por baixo do vestido longo e folgado. Astor estava
praticamente nu no banco de trás, e quando ela veio, ele já a encaixou.
—
Devagar que estou seca.
Astor
tremia tentando fazer a manobra, e aproveitou para sorver o bico dos seios.
Aquilo fez Margareth entrar no clima. Em segundos, o membro entrou.
—
Ai, que delícia!
A
sorte de ambos foi que o carro tinha um percentual alto de fumê nos vidros e a
baixa iluminação da garagem escurecia mais ainda o seu interior.
—
Louco!
—
Louca é você, que aceita fazer essas coisas…
— Mas…
não é… o que… — Ela gemeu. — Você preci…
Ele
a silenciou com um beijo molhado.
—
Eu… te amo! Eu… te…
Quando
ele passou a puxá-la para trás e para frente, ela perdeu a voz. Adrenalina,
tesão, amor. Para ela o orgasmo veio forte, num jato curto. Quando Astor olhou
para Margareth, ela se contorcia e seus olhos se reviravam. Aproveitando o
momento ele também gozou. Levou alguns minutos para que ambos voltassem a si, e
quando o fizeram, se encararam e o beijo veio suave.
—
Uau! Essa foi deliciosa.
—
Mais ou menos…
—
Como assim? — ela ficou intrigada.
— Na
verdade, não resolvemos o problema, apenas o remediamos. Pra mim foi incompleto
e… — Ele parou o assunto bruscamente. — Margareth, vamos pra casa agora!
— O
que está acontecendo?
—
Vamos!
Ela
passou ao banco do motorista e saiu com o carro. Guiou mais acelerado aquele
dia. Astor limpava os bancos de trás com sua camisa. Na hora de descer na
garagem do prédio, foi sem camisa. A garota achava aqui tudo muito estranho.
Subiram
pelo elevador e mal destrancaram a porta quando ele a abordou de novo.
—
Astor o que está acontecendo?
—
Não sei… ao certo… — Ele a lambia na boca e no pescoço. — Só sei que estou
bastante ativo sexualmente. Olhe.
E
mostrou o membro enrijecendo.
—
Mas…
—
Mas nada! Vem!
E a
puxou para o banheiro. Abriu chuveiro e entraram com roupa e tudo. Ele a despiu
e a ensaboou.
—
Astor…
Mas,
de alguma forma, ela gostava daquilo.
—
Urina, por favor?
— O
quê?
—
Para o que quero fazer preciso que esteja higienizada.
Ela
entendeu e fez como ele pediu. Astor admirava o corpo e as mudanças pelas quais
passava: seios maiores, quadris mais largos, coxas mais grossas.
Assim
que ela terminou o banho, ele mesmo a enxugou e levou para o quarto. Era certo
dizer que Astor passou mais de 20 minutos apenas lambendo e sorvendo Margareth.
Só depois tiveram um sexo mais compassado e apaixonado, que começou às 20h e
terminou só às 23h.
—
Não te entendo.
Astor
estava deitado, acariciando a barriga protuberante de Margareth.
— Eu
também não. Acho que tem ligação com a sua gestação, as mudanças no seu corpo,
os cuidados que você inspira. Sei lá…
E a
beijou.
—
Parece uma crise de abstinência.
—
Desculpe… mas é que doía demais.
—
Nem precisa pedir desculpas. Só me preocupa se isso acontecerá mais vezes e
onde.
—
Dizem que quem sabe faz ao vivo. —
Ele riu.
—
Sou tímida em público…
Isso fez Astor gargalhar, abraçá-la e beijá-la.
— Margareth, eu te amo!
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