Ardes - Capítulo 129

 

Era algo de cunho animal, algo instintivo, que o tomava às vezes, sem que tivesse muito controle. Começou de um tempo para cá, depois que Margareth engravidou. Dentro do elevador, ele estava estranho.

— Astor, tudo bem? — Margareth perguntou.

Ele a observou lentamente, desde as sandálias até os cabelos, para responder:

— Sim…

Ela continuou achando-o diferente, mas não perguntou mais. E na garagem, caminhavam até o carro quando ele resolveu ser sincero:

— Margareth…

— Sim.

Pelo controle, ela desligou o alarme do carro.

— Eu preciso da sua ajuda.

Eles entraram no carro.

— O que está acontecendo?

— Estou sentindo dor nos testículos.

Ela se espantou:

— Como?

— Isso que você ouviu. Eles estão doendo.

Ela quis rir, mas olhando a seriedade de Astor, não o fez.

— Tudo bem! E o que eu posso fazer?

Astor olhou para todos os lados, mas não havia outro lugar. Então pediu:

— Vamos para o banco de trás.

— Não! Espera! Você está dizendo que vamos transar aqui no carro, dentro da garagem da Lemaw?

— Amor, não vou aguentar chegar em casa. Por favor!

Mesmo achando a ideia meio absurda, Margareth se submeteu. No banco do motorista ela puxou sua calcinha, por baixo do vestido longo e folgado. Astor estava praticamente nu no banco de trás, e quando ela veio, ele já a encaixou.

— Devagar que estou seca.

Astor tremia tentando fazer a manobra, e aproveitou para sorver o bico dos seios. Aquilo fez Margareth entrar no clima. Em segundos, o membro entrou.

— Ai, que delícia!

A sorte de ambos foi que o carro tinha um percentual alto de fumê nos vidros e a baixa iluminação da garagem escurecia mais ainda o seu interior.

— Louco!

— Louca é você, que aceita fazer essas coisas…

— Mas… não é… o que… — Ela gemeu. — Você preci…

Ele a silenciou com um beijo molhado.

— Eu… te amo! Eu… te…

Quando ele passou a puxá-la para trás e para frente, ela perdeu a voz. Adrenalina, tesão, amor. Para ela o orgasmo veio forte, num jato curto. Quando Astor olhou para Margareth, ela se contorcia e seus olhos se reviravam. Aproveitando o momento ele também gozou. Levou alguns minutos para que ambos voltassem a si, e quando o fizeram, se encararam e o beijo veio suave.

— Uau! Essa foi deliciosa.

— Mais ou menos…

— Como assim? — ela ficou intrigada.

— Na verdade, não resolvemos o problema, apenas o remediamos. Pra mim foi incompleto e… — Ele parou o assunto bruscamente. — Margareth, vamos pra casa agora!

— O que está acontecendo?

— Vamos!

Ela passou ao banco do motorista e saiu com o carro. Guiou mais acelerado aquele dia. Astor limpava os bancos de trás com sua camisa. Na hora de descer na garagem do prédio, foi sem camisa. A garota achava aqui tudo muito estranho.

Subiram pelo elevador e mal destrancaram a porta quando ele a abordou de novo.

— Astor o que está acontecendo?

— Não sei… ao certo… — Ele a lambia na boca e no pescoço. — Só sei que estou bastante ativo sexualmente. Olhe.

E mostrou o membro enrijecendo.

— Mas…

— Mas nada! Vem!

E a puxou para o banheiro. Abriu chuveiro e entraram com roupa e tudo. Ele a despiu e a ensaboou.

— Astor…

Mas, de alguma forma, ela gostava daquilo.

— Urina, por favor?

— O quê?

— Para o que quero fazer preciso que esteja higienizada.

Ela entendeu e fez como ele pediu. Astor admirava o corpo e as mudanças pelas quais passava: seios maiores, quadris mais largos, coxas mais grossas.

Assim que ela terminou o banho, ele mesmo a enxugou e levou para o quarto. Era certo dizer que Astor passou mais de 20 minutos apenas lambendo e sorvendo Margareth. Só depois tiveram um sexo mais compassado e apaixonado, que começou às 20h e terminou só às 23h.

— Não te entendo.

Astor estava deitado, acariciando a barriga protuberante de Margareth.

— Eu também não. Acho que tem ligação com a sua gestação, as mudanças no seu corpo, os cuidados que você inspira. Sei lá…

E a beijou.

— Parece uma crise de abstinência.

— Desculpe… mas é que doía demais.

— Nem precisa pedir desculpas. Só me preocupa se isso acontecerá mais vezes e onde.

— Dizem que quem sabe faz ao vivo. — Ele riu.

— Sou tímida em público…

 Isso fez Astor gargalhar, abraçá-la e beijá-la.

— Margareth, eu te amo!

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