Astor dormia na casa de Margareth quatro vezes por semana. Aquilo virou uma rotina que ele executava com certo prazer, tanto que, por vezes, cantarolava fazendo as coisas.
Levantava
cedo, por volta de 6 horas, e, após a higiene, descia para comprar pão. Na
volta, colocava a água para fazer o café.
Quando
ela se levantava, iam se banhar e, na maioria das vezes, faziam sexo por ali;
quando não ali, era na cozinha ou na sala. Bem, acontecia o sexo em algum
lugar.
E
ele a chamava para a mesa:
—
Ei, fêmea! Vem fazer o meu café!
Mas
o mesmo já estava pronto. Ou então dizia:
— Hoje vocês vão deixar alguma coisa pra mim?
Isso
quando via Margareth comendo algo com muita vontade, depois de rir, chegava até
ela e a beijava. E tomavam o café da manhã com ele a servindo com frutas,
queijo, pães, suco e café mesmo.
—
Ei, cantineiro! Assim não dá! Vou virar uma bola — reclamava brincando.
E
ele não deixava barato:
—
Prometo te amar, mesmo se você ficar do tamanho do Obelix[1]. — E Astor gargalhava, quase chorando.
—
Isso se você sobreviver ao menir que vou te arrebentar na cabeça — brava, falava
Margareth.
Ele
gargalhava e logo a sufocava com beijos.
—
Isso é só pra dizer que vou te amar de qualquer jeito. — Ele olhou para o
relógio. — Vamos?! Está na hora.
Enquanto
se vestiam, veio uma dúvida à Margareth.
—
Astor, quando será a festa pra comemorar as bodas da Inês e do Taíde?
—
Dentro de dois meses, mais ou menos.
—
Nossa! O tempo está voando.
— É
verdade. — Ele parou e acariciou-lhe a barriga.
Mais um beijo e desceram para a garagem.
Na maioria das vezes, Margareth dirigia, pois Astor desembarcava duas quadras antes da empresa para pegar um jornal esportivo para ler. Por isso o romance ainda era desconhecido da maioria, mas a barriga da garota começava a despontar.
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