Ardes - Capítulo 116

 

Bruna, após solucionar vários problemas, se sentiu bem e resolveu sair com antigas amigas para espairecer; foram até uma badalada boate da cidade. Não estava com cabeça para música eletrônica, então ficou em um ambiente com ritmo mais sossegado. Durante a conversa com as amigas, mesmo com a pouca claridade, viu um rapaz e o reconheceu de imediato.

“Astor!”

E não pensou duas vezes, deixando as amigas e descendo para lá. Talvez precisasse disso. Aproximando-se, viu que ele mostrava boa aparência: com corte diferente no cabelo; uma camisa vinho com mangas dobradas até os cotovelos e um colete preto; o relógio de pulseira metálica acrescentava charme e força, ressaltando também a beleza dos braços; a calça jeans com detalhes nos bolsos era de bom gosto, combinando bem com os sapatos e cinto pretos, no rosto, um sorriso sincero e simples.

— Parabéns, Astor! — disse antes de ser vista. — Conseguindo vir aqui, num lugar caro como esse, vai impressionar as garotas.

Pela cara que fez, o rapaz não gostou de vê-la ali, tampouco do comentário, o que o fez se endireitar na cadeira como se um espinho estivesse no encosto.

— Lembrar de você empurrando aquele carrinho pela repartição, me faz pensar em quem seria a eleita. Talvez uma coleguinha do seu setor? Talvez uma estagiária?

Astor mantinha um controle fora de série para não falar poucas e boas a Bruna e olhou para os lados, como se procurasse pelo garçom.

— Gostaria que me apresentasse, estou curiosa. — E o olhou em desafio. — Não quer saciar minha curiosida…

Ela se calou quando viu mãos femininas que vieram por trás e abraçaram Astor. Em seguida, apareceu a cabeleira de alguém que veio o beijando no pescoço. Na sequência, uma mordida de leve na orelha e o rapaz sorriu. Ela girou, se colocando entre os dois que conversavam, e assim apareceu Margareth, que demonstrava calma, mas apenas demonstrava:

— Não ouvi bem… você estava curiosa quanto a quê?

E a fitou como se um predador maior encontrasse um predador menor. Isso porque a estatura de Margareth se sobrepunha facilmente à de Bruna.

A pergunta de Margareth lançou uma boa dose de afronta, talvez mera possessão, e Bruna não gostou. Sentindo a tensão, Astor tentou apresentá-las:

— Bruna, da área jurídica, essa é…

Ela o interrompeu:

— Sou Margareth, da área de negócios — disse, fitando-a, dessa vez, nos olhos.

Bruna também não gostou daquilo.

— Eu sei quem é você…

Foi o que garota conseguiu responder, depois de ver Margareth dar mais um passo em sua direção.

Vendo os punhos cerrados da namorada, Astor se colocou entre as duas, o que irritou a sua garota.

— Qual é Astor, vai defender essa lambisgoia? — ela começou a se alterar.

— Sabe que não.

— Então saia da minha frente e deixe eu arrebentar a cara dela.

— Não posso, porque estou te protegendo.

Cega de raiva, Margareth rangeu os dentes e deu um empurrão no rapaz.

— Então fica com ela!

E saiu para a porta.

— Obrigada, Astor. Eu sabia que vo…

— Pode parar! Não ouse pensar que fiz qualquer coisa para te ajudar.

Ele a abandonou e foi atrás de Margareth, que já tinha pagado a conta e pegava a chave do carro com o manobrista. Foi quando ele a alcançou.

— Ei, espera!

— Me larga! Não coloca a mão em mim! — ela berrou, indo para o carro.

A placa diante do estacionamento informava que não havia vagas. Nervosa, e na escuridão, ela não conseguia acertar a chave na fechadura.

— Droga!

— Você pode se acalmar?

— Ah! Volta pra sua guria lá. Deve estar mesmo precisando de uma novinha.

Astor segurou Margareth nos punhos.

— Qual é? Tá me estranhando. — Cerrou os dentes e fechou o semblante.

— Babaca!

— Não me respeita, não, é? — E lhe deu um safanão, só então Margareth entendeu que ele estava furioso. — Babaca só se for por ter certeza do que eu sinto por você e achar que você sentia o mesmo por mim.

Depois dessas palavras, ele se calou. Margareth sentia os braços quentes, o que a fez voltar a si, isso quando o rapaz ia saindo.

— Espere, Astor! Espere! — Ela tentava se recompor e o alcançou. — Me desculpe.

— Não vai dar pra ficar com uma pessoa que explode assim. E logo contra mim?!

— Eu fiquei alucinada vendo ela avançando em você.

— E vai ser assim? Vamos brigar por uma mulher que eu mal conheço?

— Não vamos! Não vamos! Se acalme também.

— Se acalme é o cacete. Droga! Você está grávida. — Ele deu um tapão no carro. — Merda!

Nessa hora Margareth o puxou pela gola da camisa, em direção à traseira do carro, parado próximo de uma parede e oculto por um pequeno muro.

— Talvez nossa noite esteja apenas começando…

E o beijou, aproveitando o nervosismo do momento.

— Sua louca! Como é que vai ser mãe desse jeito?

— Ah! Vamos esquecer isso por agora, e vem me dar uma coisa.

— Mas aqui?

— Claro! E por que não?

Ela enfiou a mão por baixo do vestido e puxou a calcinha, sentindo a peça morna e molhada. Astor pegou a peça e colocou junto ao nariz.

— Esse cheiro… — Num estalo, estava fora de si.

Ele a recostou no bagageiro do veículo, onde Margareth se apoiou, empinando o quadril e erguendo parcialmente o vestido. Rápido, Astor, abriu o zíper, esfregou o membro, umidificando-o na parte íntima da garota, e, num movimento firme, ele a penetrou. Margareth sentiu o golpe e o membro rijo se acomodando. Em seguida, os primeiros movimentos. Ela delirava.

De repente, um barulho de chaves. Na sequência, passos. Os dois se abaixaram, ainda se mantendo conectados.

— Não deixa sair — ela cochichou.

O rapaz mantinha movimentos suaves, até que viram o jovem chegar ao seu carro, entrar, dar a partida e ir embora.

— Sua maluca! — Ela ia gargalhar quando Astor tapou a sua boca. — Fica calada, diaba!

Aquilo foi ainda pior. Agora era que ela queria rir mesmo. Então Astor fez a única coisa que a silenciaria: recomeçou o sexo, de forma firme e compassada, logo ela se calou. Após três minutos naquele ritmo, ele sentiu os tremores de Margareth.

— Gozei rápido…

— O quê?

— Acho que foi a adrenalina do lugar. Me leva daqui e vamos terminar isso em casa… — Virou-se e o beijou.

A garota estava tomada. Assim que entraram no veículo, ela não se conteve, sugava e sorvia o membro de Astor de forma alucinada. Não o deixaria em paz enquanto não obtivesse o que queria, e conseguiu. O rapaz urrou, e ela sentiu, na boca, os movimentos involuntários do membro, acompanhados por jatos de um líquido quente e grosso. Margareth se levantou com a boca aberta, mostrando a quantidade de esperma para o namorado e, em seguida, engoliu. Abaixou-se novamente e terminou o que começou, extraindo até a última gota.

— Você está demais hoje, hein?!

Ela se recostou no ombro dele, com uma ternura que poucas vezes ele vira, e disse:

— Eu te amo!

Em minutos o carro entrou pela garagem do prédio. Margareth ainda sentia espasmos ligados ao gozo de 15 minutos atrás.

— O que você fez comigo, hein?

— Você sabe o que fiz. A questão agora é o quanto vamos fazer.

E entraram no apartamento. A noite foi de algo nunca vivido pela garota.

Nenhum comentário:

BAALDIRES (História: Delas - Amor Proibido) [1]

Baaldires não era demônia de ofício, menos ainda uma súcubo. Ela era uma caída que ficou aprisionada em Wikário e, depois de longo tempo, te...