Mario contabilizou os números e as chamou para uma reunião.
— Me
parece um bom momento para discutirmos o futuro da Andarate Representações.
Diante
do computador, ele repassou os gráficos desde o início das operações, e viram
as linhas ascendentes tanto das negociações quanto dos lucros.
—
Bem expressivos esses números — disse Elizabeth animada.
—
Demais — concordou Mario, mas ele estava sério.
— E
por que você está assim, pai?
Ele
saiu da cadeira e se sentou no sofá.
— É simples. Parte desses números, dessa ascensão, é devida a você, filha.
—
Continuo sem entender.
—
Qual é a graduação em que você se formará?
—
Turismo.
— E
quando pensa em sair do escritório?
Agora,
sim, as coisas ficaram claras.
—
Cedo ou tarde você não poderá mais arcar com a sua cota de responsabilidade
dentro do escritório — complementou Elizabeth.
Era
verdade. Renata criava um esboço sobre o turismo da região e como tirar melhor
proveito do potencial turístico. Planejava constituir uma agência de turismo,
mas era apenas uma ideia.
—
Muito em breve, para ser sincera — ela confessou.
—
Entendem o que me preocupa? — Mario estava sisudo. — Regrediremos para os
números primários.
—
Pai — a voz de Renata era afável —, vocês não podem tocar o negócio?
—
Podemos, mas também não sei até quando estaremos aqui. — Mario diminuiu o tom
de voz. — Porém minha ideia era que, se tivéssemos um negócio próspero, este
seria a herança de vocês.
—
Por que não chamam a Bruna?
—
Ela está obcecada com a Lemaw, Marcus e afins. Não a julgo como a melhor opção
para tocar esse negócio. Mas, formada como advogada, poderá nos dar suporte.
Renata
ponderou por instantes, até que comunicou aos pais:
—
Conversarei com o Rainen.
— Tudo bem.
Para o casal, aquela era uma boa resposta.
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