Ardes - Capítulo 079


— Que dia corrido!

Foi a primeira coisa que Rainen disse após dar um selinho nos lábios de Renata. A garota o segurou, prolongando o beijo.

— Nem me fale, só tive tempo de tomar banho e vir.

— E o seu serviço?

— Intenso. Os telefones não pararam o dia todo.

— Isso é bom. Sinal de negócios.

— Esse é um dos motivos que nos trouxeram aqui.

— Estamos em uma lanchonete, pensei que haveria outro motivo — ele sorriu.

— Há sim. Vamos fazer os pedidos. — Eles entraram na fila. — Peça uma pequena porção para comer aqui e outra para a viagem, tudo bem?

— Estou faminto. Por que tão pouco?

— Nos fará bem não comer tanto.

— Então, e sobre o motivo anterior? — ele perguntou.

— Pedido, senhora?! — questionou a atendente.

— Quatro com pães de 15 cm — pediu para a garota do outro lado do balcão. — Estou diante de novo dilema.

— Muito sério?

— Qual o recheio? — ela segurava os pães abertos.

— Frango. — E o respondeu: — Está ligado à minha profissão e herança.

— Hummm, seríssimo.

— Salada? — A garota era habilidosa.

— Tudo, menos alface — pediu e olhou para ele. — Tenho que concordar.

A atendente terminava de servi-los quando Renata pediu:

— Coloca azeite e orégano, por favor? Dois são para viagem.

A moça fechou as embalagens e os entregou após o pagamento.

Enquanto Rainen mastigava, Renata o colocou a par da conversa que teve com os seus pais e sobre a visão de mercado que tinham e suas perspectivas.

— O que acha, amor?

— Acho que a vida me reservou abacaxis.

Ela riu até chorar.

— Palhaço! — E deu um tapa em seu ombro.

Quando ela parou de rir, ele ainda esperou algum tempo, até responder:

— E se me inclui nessa tomada de decisão, é porque minha opinião lhe é de grande valia.

— Quero que caminhemos juntos e de forma coordenada.

Ele teve vontade de parar de comer e beijar os delicados lábios de Renata, mas se conteve.

— Espero que consigamos. Espero mesmo.

Rainen tinha noção sobre as surpresas da vida, mas também entendia que todo esforço era recompensado.

— O que me diz sobre o assunto?

— Os seus pais estão certos.

— E por que me diz isso? — Renata mordeu o sanduíche.

— Primeiro, porque se trata da manutenção da sua herança, que foi delapidada com o problema que tiveram. Assim vocês teriam a possibilidade de reestabelecer o que lhe será entregue mais adiante. Essa perda de valores e bens deve incomodar bastante os seus pais, pois se preocupam com o futuro de vocês duas.

Enquanto mastigava, a garota ouvia atentamente cada palavra, e ele continuou:

— Segundo, se você estiver ao lado deles nessa empreitada, eles terão a certeza de que o sangue da família está dentro do negócio da família, aprendendo e dominando as operações, garantindo assim que, na ausência deles, alguém dará continuidade ao crescimento do patrimônio.

As palavras, cada vez mais, faziam sentido para ela. Ele a olhou com carinho.

— Mas sei que esse não era o seu intento. O seu desejo era o turismo em várias de suas formas… — E lhe sorriu. — … coisa que não precisa ser impedida, mas adiada, o que pode ser bom para você. Com o tempo e o acúmulo de capital, você poderá investir em algo que esteja em melhores condições. Acho que é isso.

Ele deu mais uma mordida no sanduíche, e mastigava, quando ela se aproximou de seu ouvido:

— Por favor, transa comigo? — cochichou.

Deixando o lanche, Rainen a pegou pela mão e ela segurou a sacola com os sanduíches para a viagem, e foram porta afora rumo ao veículo. Não diziam palavra, mas as sensações os dominavam. Um ardor, um desejo, um descontrole.

Entraram no veículo. Rainen deu com a chave, despertando a fera sobre o capô. Quando ia acelerar, ela pediu:

— Espere! — Ambos estavam com a respiração alterada. — Nos leve para algum lugar discreto, transitando por rotas pouco movimentadas e mal iluminadas.

— Mas por que…

O barulho do seu zíper se abrindo e a boca quente de Renata deixaram claros os motivos, e ele obedeceu. Agora tinha dificuldade em guiar a caminhonete, mesmo na baixa velocidade que seguiam.

— Ai, delícia! — era o que ele conseguia dizer entre um gemido e outro.

Após 10 minutos, apagou os faróis e estacionava entre carcaças de veículos. Estavam próximo da oficina.

Ele desligou o veículo e abria a porta quando ela pediu:

— Não! Tem que se aqui dentro. — Ela deu mais uma lambida no membro de Rainen e concluiu: — Para que vá se acostumando.

O rapaz a segurou pelo cabelo e puxou-a para si. Quando perguntaria algo, Renata sentiu a língua invadir a sua boca. Ao cessar o beijo, ia perguntando:

— Eu já te falei por que eu te am…

Mas foi empurrada para baixo, sentindo o membro novamente invadir sua boca. Ela delirava com a possessão.

Até que, de imediato, Renata parou tudo e se afastou. Enfiou a mão por baixo do vestido e retirou a calcinha, fazendo questão de mostrar a peça encharcada. Ela sorriu e entregou a calcinha para Rainen, que a cheirou e, em seguida, lambeu. Ele olhou para os lados, observando se havia alguém por ali.

— Também preciso disso — sussurrou.

— Disso o quê? — ela dissimulou, fazendo-o ensandecer.

No banco espaçoso da caminhonete, Rainen a deitou e, suspendendo o vestido, viu a parte íntima de Renata e a admirou.

— Gosta do que vê? — sua voz era dengosa.

— Sim!

— Quer saber que sabor tem?

— Sim!

— Então chupa!

Enquanto descia naquela direção, Rainen sentia a parte interna das pernas de Renata, tocar-lhe o rosto, criando resistência.

Quando a língua dele entrou em sua vagina, ela não se conteve, agora, forçando a cabeça do rapaz contra as suas partes.

As lambidas e sorvidas vinham fortes, e a língua explorava cada parte daquele órgão. À medida que fazia isso, mais molhada ela ficava. Foi após alguns minutos, gemendo e nua, que ela ouviu:

— Preciso de mais…

— Se sirva…

Ambos sussurravam.

— Se deite para o outro lado — pediu Rainen.

Ela o fez e apontou para trás.

— O lubrificante está dentro da bolsa, também tem papel higiênico.

Já tinha colocado o preservativo quando passou o gel. Debruçado sobre ela, forçou-a levemente para frente, e ela o empurrou para trás:

— Aí não!

Com a mão, ela o direcionou até seu ânus e foi um pouco para trás. Ele entendeu e foi para frente, sentindo o seu membro abrir passagem com dificuldade, mas com satisfação.

— Que delícia! — sussurrou no ouvido da garota.

Ao começar os movimentos compassados, indo de trás para frente, dor e prazer se mesclaram e Renata orquestrava:

— Ai! Fode com mais força! Me fode, amor!

As palavras instigavam Rainen, como um chicote de desejos, e ele obedeceu. Agora Renata levava estocadas que a empurravam violentamente para frente, gerando o resultado tão aguardado: o gozo. Gemidos, urros, murros no banco e desnorteamento, acompanharam esse momento, selando a satisfação de ambos.

Quando ela conseguiu se reestabelecer, perguntou:

— Não vai se satisfazer?

— Hoje não. — E ia se levantando.

— Espere! Fique mais um pouco dentro de mim.

— Tudo bem! — concordou, beijando seu pescoço suado, e se lembrou de abrir um pouco a janela.

— Te amo, porque você mexe com tudo em mim.

— Não sei dizer por que te amo, mas tenho certeza sobre o que sinto.

— Acho que o sentimento não é uma coisa que se explica, mas que se vive. — Renata acariciava o banco do carro.

Foi o barulho de algo caindo entre as carcaças dos carros que os fez despertar e querer sair dali. Ao se sentarem, se admiravam.

— Sei que sou louco por você.

E se beijaram. Rápida, Renata se limpou com lenços umedecidos e se vestiu. Passou alguns lenços para Rainen que tinha mais peças para vestir.

— Vamos terminar o lanche?

— Tudo bem! — E deu partida, arrancando com o veículo. — Tem um posto com conveniência aqui perto.

Apaixonados, aproveitaram os momentos até antes das 22h daquela quarta-feira.

Nenhum comentário:

BAALDIRES (História: Delas - Amor Proibido) [1]

Baaldires não era demônia de ofício, menos ainda uma súcubo. Ela era uma caída que ficou aprisionada em Wikário e, depois de longo tempo, te...