Dali, Rainen pegou o ônibus rumo à oficina. Gastava, naquele trajeto, quase uma hora. Chegava no Tony Auto Atendimento por volta de 18h15 dando início à manutenção dos veículos selecionados.
O estabelecimento era relativamente grande, com capacidade para
oito carros na parte interna. Para os funcionários, havia um banheiro, que não
tinha a melhor das aparências, mas nele era possível tomar banho. A copa era
minúscula, com um fogão portátil de duas bocas, um frigobar para gelar a água e
uma mesa de quatro lugares. A outra dependência era o caixa, onde se efetuavam
os pagamentos. Uma televisão presa à parede, mas que, na maior parte do tempo,
ficava desligada.
As pausas eram breves momentos em que ele comia algo comprado na padaria ali perto. Sozinho na oficina, ligava o rádio para ouvir música, de preferência, clássica, o que o ajudava a trabalhar.
Terminada mais aquela jornada, pegava a caminhonete, que havia
estacionado embaixo de uma árvore mais cedo, quando fora para o quartel, e
voltava para casa.
“Boa estratégia”, calculava consigo.
Chegava em casa por volta de 22h15 e sua mãe o aguardava com a comida em uma panela, pronta para ser esquentada. Nos dias em que não manipulava óleos e graxas, o banho era mais rápido; quando sim, demorava se higienizando. Por volta de meia-noite, estava dormindo.
Agora, que tinha as demais situações mais ou menos organizadas, precisava resolver outras, que lhe eram mais importantes.
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