Ehso - Capítulo 020



Após fechar a porta do apartamento, ela ainda ouvia os passos pelo corredor. Voltou sua atenção para o quarto, e começou a arrumar a cama. Retirou lençóis, fronhas e travesseiros, levando para a area da lavanderia. Colocou dentro da máquina junto com o roupão que vestia, acrescentando o bactericida de efeito profundo, sabão de coco, e configurou a água quente. Luna gostava daquele cheiro, e da limpeza. Nua, recostada no equipamento, ela assistia a água cair dentro do tambor. Sentiu o cansaço tomar conta de seu corpo. Os músculos reclamavam do desgaste, tendões tremiam pela intensidade sexual.
“Preciso relaxar”.
Com esse pensamento, foi para o banheiro. Sem a mesma pressa de 3 horas atrás, ligou a torneiras da banheira, dosando a água para que ficasse na temperatura satisfatória.
“Mais quente.” — Já se via dentro da banheira.

Enquanto o nível de água subia, se mirou no espelho, vendo o corpo belo e jovial. Queria sentir algum tipo de aversão, porém, apenas se olhando não conseguia. Mas assim que se lembrou do rapaz, teve uma ponta de incômodo.
“Não é para mim.” — Tentava uma justificativa que lhe trouxesse bem estar e convencimento.
Tentando anular o pensamento, escolheu os sais no armário, e colocou na tina. Uma fina espuma subiu. A garota correu ao quarto e pegou a toalha que esquecera. Voltou e desligou a água, entrando em seguida. Sentou recostando na borda oposta às torneiras, e esticou as pernas. Imersa, apenas com a cabeça de fora, fechou os olhos e a recordação retornou mais forte.
“Muito novinho.” — Sorriu.
Mergulhou, molhando o rosto e os cabelos, e se perguntou o porque daqueles pensamentos. Talvez por opção própria, talvez por coisas do passado, mas tinha a certeza, pelas suas necessidades do presente, de que o rejeitaria.

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MI Bahrteau - 006

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