Nas
primeiras semanas de trabalho, Teodora e Juliana tinham o costume de chegar um
pouco mais cedo para comprar café e ficar bebericando e conversando na porta da
Andarate. Mas isso foi no início. Agora, chegando trinta minutos antes do
horário, elas perdiam quatro ou cinco negócios. O telefone da empresa não
parava de tocar!
—
Mario, não estamos comportando o volume de transações.
—
Tem cliente reclamando e se irritando com a demora para ser atendido —
complementou Juliana.
—
Até mesmo com a tentativa de ligar e o telefone estar ocupado.
—
Entendo, mas por enquanto precisamos aguardar.
Quando
se encontraram para o almoço, Mario conversou com Elizabeth:
— O
volume de negócios está alto.
—
Realmente está me impressionando esse sucesso.
— A
mim também. Acho que terei que ampliar o horário de atendimento — falou o
marido.
—
Seria o caso de contratarmos mais alguém? — a esposa projetou.
—
Façamos o seguinte, eu vou chegar uma hora mais cedo e observamos como nos
comportamos diante das demandas.
Elizabeth
refletiu por alguns instantes.
—
Não me agrada a ideia, mas acho que é possível. Você é mais adaptado a esse
ambiente. Talvez eu possa sair mais tarde.
—
Por favor, não! — Mario queria poupar a esposa. — Um passo de cada vez.
—
Tudo bem.
Ao
terminarem o almoço, ele a deixou na empresa e foi, não para casa, mas discutir
negócios com os industriais e fabricantes. Eram muitas as unidades naquela região
e Mario fazia questão de atendê-los, e cortejá-los, pessoalmente.
“Alguém tem que fazê-lo, não?”
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