No dia seguinte, às 7h55, a campainha tocou na casa dos Andrade.
Todos desceram, exceto Bruna, que havia saído. Renata vinha logo atrás dos
pais, com a mesma ansiedade que não a deixou dormir na noite anterior.
— Pontualidade britân… — dizia o chefe da família ao abrir a
porta, mas a sua feição mudou.
— Sempre fui assim, senhor Mario. — O rapaz, parado à sua frente,
estendeu-lhe a mão. — Soares, ao seu dispor.
— Soares? — questionou Elizabeth.
De ansiosa, Renata passou a apreensiva.
— Exato! Vocês são o senhor e a senhora Andrade, correto?
— Sim, senhor Soares, mas não devia ter vindo um rapaz chamado
Rainen?
— Confere, senhor Mario, mas infelizmente ele não pôde vir… —
Renata atentava para as palavras, captando cada sílaba. — Pois teve um problema
de saúde.
O sangue fugiu de sua face e a garota empalideceu. A cada batimento
cardíaco sentia uma dor no peito. E os pulmões tinham severa dificuldade em
oxigenar, por isso a respiração ofega.
— Aconteceu algo com ele?
— Não sei dizer, cheguei atrasado no trabalho e não tive tempo de
saber nada. Só me mandaram para cá.
— Pai… — Renata disse, buscando o controle de si. — O carro está
funcionando?
Mario entendeu prontamente:
— Senhor Soares, qual o endereço do Rainen?
O chefe da família anotava enquanto Elizabeth pegava a sua bolsa e
trancava portas e janelas.
— Aqui. — Entregou o papel e saiu, retornando para a oficina.
Mario deu a partida no veículo, que funcionou
sem qualquer problema. Dali seguiram para a residência dos Mayer.
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