No dormitório, as soldadas organizavam seus pertences e dialogavam:
— Por que você está aqui?
Guynive a olhou com certa reserva, mas teve vontade de conversar.
— Meu pai.
— Algum motivo especial?
Ela se lembrou de seu alvo.
— Talvez. — Dina riu e se calou. — E você?
A garota arrumou seus cabelos pretos. O semblante se fechou e sua voz ficou mais compassada enquanto respondia:
— O alcoolismo de meus pais destruiu o nosso lar. Aí surgiu essa oportunidade e me alistei nesse "grupo experimental". Acho que tento fugir de tudo isso.
— Fugir não é a solução. — Guynive fitou seus olhos.
— Eu preciso de um tempo. Não sou grande e forte como você.
E Dina a abraçou, pois não tinha outra pessoa em quem se apoiar. Guynive ficou sem reação durante algum tempo, mas depois pousou suas mãos sobre a colega.
— Nem tudo nessa existência pode ser resolvido com força. Talvez uma estratégia funcione melhor.
— Você acha que eu...
— Penso que você não pode sair por aí arrumando confusão e brigas, quebrando tudo... como eu. — E lhe piscou.
Dina riu.
— Então?
— Seja perseverante nos seus objetivos. Vejo como você se porta no nosso cotidiano, sei que você é firme e organizada, Dina. Expanda isso para as outras áreas da sua vida.
Guynive teve uma sensação ruim quando disse aquilo, mas guardou para si.
— Nossa! Você observou tudo isso sobre mim em tão pouco tempo? — Guynive meneou a cabeça em afirmação. — Bem... acho que precisava ouvir isso. Obrigada!
Mesmo cuidando de seus afazeres, Guynive sentia a presença de Ivan. Sabia que estava nas imediações e, em breve, numa situação desconfortável.
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