— Rainen, foi uma honra ter você como aprendiz — Johan se despedia, com as malas
em mãos.
— Eu
é que agradeço por tudo o que me fez. O diploma da universidade foi demais.
—
Acredito que eu corrigi uma injustiça pelo seu potencial, seu nível de
conhecimento, pelo seu esforço. — E lhe sorriu.
—
Obrigado mesmo!
Johan
voltou-se para Edwin.
— E
a você, meu amigo, tudo de bom, e que dê certo a sua investida.
—
Tudo de bom pra todos nós. E dará certo, sim.
—
Rainen, veja este homem. — E apontou para Edwin. — Ele nunca deixou de ter
esperança. Um exemplo para todos nós.
— Isso é verdade — concordou o rapaz.
—
Deixem disso.
—
Certo. Não quero ver um marmanjo chorando. — E pediu: — Pode solicitar um táxi
pra mim?
—
Não! — protestou Rainen. — Eu o levarei.
—
Oh… tudo bem. Então vamos. Gosto de chegar mais cedo e ter folga.
—
Até breve, Johan! — despediu-se Edwin.
—
Até!
Foram
ao estacionamento e, ao ver a caminhonete, o holandês se surpreendeu.
—
Uau! Como é linda.
—
Obrigado! Um amigo a personalizou.
Ao
entrar mais constatações.
— É
um carro clássico, e ele o manteve bem original, não foi?
—
Sim, eu não queria um carro tunado.
Queria ela quase com a mesma aparência, porém mais revitalizada.
— É…
você estava indo bem até colocar um blower cromado bem no meio do capô.
As
risadas foram altas.
Quando
ligou o veículo o motor rugiu. Até ali, Johan entendeu que poderia ser efeito
do escapamento, mas quando o rapaz acelerou, o holandês sentiu a gravidade o
colando no banco do passageiro. Viu também que chegaram a 120 km/h em menos de
8 segundos. Aquilo chamou a sua atenção, principalmente quando, na rodovia,
Rainen engatou a sexta marcha e a pick-up atingiu 250 km/h.
—
Meu Deus! Que motor é esse?
De
onde estavam, visualizavam a torre do aeroporto, e se aproximavam em alta
velocidade.
— É
o original, porém modificado. Fiz ele até próximo do limite de operação. Mas é
coisa velha. No futuro, penso em comprar um novo e adaptá-lo.
—
Presumo que agora tenha recursos para comprar um.
—
Ah, sim! Agora falta tempo. — Ele suspirou. — Até gostaria de usar o maquinário
da Dezinea, pois são equipamentos de ponta.
Aquilo
ascendeu uma luz na mente de Johan, no exato instante em que Rainen estacionava
no desembarque do aeroporto.
—
Rainen, muitíssimo obrigado por tudo.
— Eu
que agradeço, e até mais!
Johan
correu até a conveniência e comprou fichas telefônicas. Dali seguiu para um
orelhão. A conversa foi breve:
—
Edwin?
— Sim.
— Acho que ainda posso te dar uma última ajuda.
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