Ardes - Capítulo 150

 


— Rainen, foi uma honra ter você como aprendiz — Johan se despedia, com as malas em mãos.

— Eu é que agradeço por tudo o que me fez. O diploma da universidade foi demais.

— Acredito que eu corrigi uma injustiça pelo seu potencial, seu nível de conhecimento, pelo seu esforço. — E lhe sorriu.

— Obrigado mesmo!

Johan voltou-se para Edwin.

— E a você, meu amigo, tudo de bom, e que dê certo a sua investida.

— Tudo de bom pra todos nós. E dará certo, sim.

— Rainen, veja este homem. — E apontou para Edwin. — Ele nunca deixou de ter esperança. Um exemplo para todos nós.

— Isso é verdade — concordou o rapaz.

— Deixem disso.

— Certo. Não quero ver um marmanjo chorando. — E pediu: — Pode solicitar um táxi pra mim?

— Não! — protestou Rainen. — Eu o levarei.

— Oh… tudo bem. Então vamos. Gosto de chegar mais cedo e ter folga.

— Até breve, Johan! — despediu-se Edwin.

— Até!

Foram ao estacionamento e, ao ver a caminhonete, o holandês se surpreendeu.

— Uau! Como é linda.

— Obrigado! Um amigo a personalizou.

Ao entrar mais constatações.

— É um carro clássico, e ele o manteve bem original, não foi?

— Sim, eu não queria um carro tunado. Queria ela quase com a mesma aparência, porém mais revitalizada.

— É… você estava indo bem até colocar um blower cromado bem no meio do capô.

As risadas foram altas.

Quando ligou o veículo o motor rugiu. Até ali, Johan entendeu que poderia ser efeito do escapamento, mas quando o rapaz acelerou, o holandês sentiu a gravidade o colando no banco do passageiro. Viu também que chegaram a 120 km/h em menos de 8 segundos. Aquilo chamou a sua atenção, principalmente quando, na rodovia, Rainen engatou a sexta marcha e a pick-up atingiu 250 km/h.

— Meu Deus! Que motor é esse?

De onde estavam, visualizavam a torre do aeroporto, e se aproximavam em alta velocidade.

— É o original, porém modificado. Fiz ele até próximo do limite de operação. Mas é coisa velha. No futuro, penso em comprar um novo e adaptá-lo.

— Presumo que agora tenha recursos para comprar um.

— Ah, sim! Agora falta tempo. — Ele suspirou. — Até gostaria de usar o maquinário da Dezinea, pois são equipamentos de ponta.

Aquilo ascendeu uma luz na mente de Johan, no exato instante em que Rainen estacionava no desembarque do aeroporto.

— Rainen, muitíssimo obrigado por tudo.

— Eu que agradeço, e até mais!

Johan correu até a conveniência e comprou fichas telefônicas. Dali seguiu para um orelhão. A conversa foi breve:

— Edwin?

— Sim.

— Acho que ainda posso te dar uma última ajuda.

Nenhum comentário:

BAALDIRES (História: Delas - Amor Proibido) [1]

Baaldires não era demônia de ofício, menos ainda uma súcubo. Ela era uma caída que ficou aprisionada em Wikário e, depois de longo tempo, te...