Ardes - Capítulo 138

 

Johan Koem era um engenheiro brilhante. Descobriu o seu talento tardiamente, mas, ao fazê-lo, soube o que amava fazer. Por isso, com tamanha satisfação, nunca considerou a atividade como um trabalho. Também foi motivado por essa paixão que veio da Holanda atendendo ao chamado de Edwin. Não mediria esforços em ajudá-lo.

Complementando tudo isso, Johan sentia um saboroso saudosismo ao ver e acompanhar o desenvolvimento de Rainen. Ficava impressionado com a facilidade e a desenvoltura do rapaz, que agora dominava, com maestria, todos os equipamentos do laboratório. O próprio Johan, em sua mocidade, gastou um tempo três vezes maior. Lembrou-se:

“Era uma época diferente”,

Voltando ao momento, avaliava um dos testes escritos que aplicou ao aluno, quase seu pupilo. Nesse instante, Edwin entrou pela porta.

— Olá, Johan. Quer falar comigo?

— Sim, Edwin. Só pra avisar que pode preparar minha passagem para a Holanda.

— Espere, Johan. Não desista rápido assim. Vamos mudar a forma como passamos as informações para ele. Tenho certeza de que teremos um melhor aproveitamento e… — O senhor colocou o papel em suas mãos. — O que é isto?

— São os testes quinzenais que aplicamos a ele. — Johan o chamou. — Vamos pegar um café?

Edwin nada disse, mas o seguiu passando pela porta, tendo acesso ao galpão.

— Ele gabaritou? É isso?

— Não.

Johan apertou o botão e a máquina de café iniciou o funcionamento.

— Como não? A nota 10 equivale a quê?

— A uma injustiça.

Um copo desceu, ficando preso ao suporte. Colher e açúcar caíram em seguida. Por fim, o líquido quente.

— Não entendo. — Edwin folheava o material.

— Observe que para cada pergunta existem duas respostas. A primeira é exatamente conforme os manuais e livros técnicos. A segunda é a forma como ele faria.

Johan bebericou o café quente.

— Há muita diferença? — Edwin começava a se angustiar.

— Há! — Ele deu outro gole e pigarreou. — Rainen otimiza os processos, ganhando tempo e melhorando o resultado final.

— O que eu deveria pensar sobre isso?

— Não sei bem, mas o garoto é um prodígio. Em 7 meses, ele absorveu o conhecimento de 2 anos e o expande a cada dia. Em momentos, eu mesmo tenho dificuldade em acompanhar o seu raciocínio.

— Ótimo! Porém eu quero mais. — Pensativo, Edwin colocou a mão no queixo. — Johan, seu genro ainda trabalha na Universidade Amitade?

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