Johan Koem era um engenheiro brilhante. Descobriu o seu talento tardiamente, mas, ao fazê-lo, soube o que amava fazer. Por isso, com tamanha satisfação, nunca considerou a atividade como um trabalho. Também foi motivado por essa paixão que veio da Holanda atendendo ao chamado de Edwin. Não mediria esforços em ajudá-lo.
Complementando
tudo isso, Johan sentia um saboroso saudosismo ao ver e acompanhar o
desenvolvimento de Rainen. Ficava impressionado com a facilidade e a
desenvoltura do rapaz, que agora dominava, com maestria, todos os equipamentos
do laboratório. O próprio Johan, em sua mocidade, gastou um tempo três vezes
maior. Lembrou-se:
“Era
uma época diferente”,
Voltando ao momento, avaliava um dos testes escritos que aplicou ao aluno, quase seu pupilo. Nesse instante, Edwin entrou pela porta.
—
Olá, Johan. Quer falar comigo?
—
Sim, Edwin. Só pra avisar que pode preparar minha passagem para a Holanda.
—
Espere, Johan. Não desista rápido assim. Vamos mudar a forma como passamos as
informações para ele. Tenho certeza de que teremos um melhor aproveitamento e…
— O senhor colocou o papel em suas mãos. — O que é isto?
—
São os testes quinzenais que aplicamos a ele. — Johan o chamou. — Vamos pegar
um café?
Edwin
nada disse, mas o seguiu passando pela porta, tendo acesso ao galpão.
—
Ele gabaritou? É isso?
—
Não.
Johan
apertou o botão e a máquina de café iniciou o funcionamento.
—
Como não? A nota 10 equivale a quê?
— A
uma injustiça.
Um
copo desceu, ficando preso ao suporte. Colher e açúcar caíram em seguida. Por
fim, o líquido quente.
—
Não entendo. — Edwin folheava o material.
—
Observe que para cada pergunta existem duas respostas. A primeira é exatamente
conforme os manuais e livros técnicos. A segunda é a forma como ele faria.
Johan
bebericou o café quente.
— Há
muita diferença? — Edwin começava a se angustiar.
—
Há! — Ele deu outro gole e pigarreou. — Rainen otimiza os processos, ganhando
tempo e melhorando o resultado final.
— O
que eu deveria pensar sobre isso?
— Não sei bem, mas o garoto é um prodígio. Em 7 meses, ele absorveu o conhecimento de 2 anos e o expande a cada dia. Em momentos, eu mesmo tenho dificuldade em acompanhar o seu raciocínio.
— Ótimo! Porém eu quero mais. — Pensativo, Edwin colocou a mão no queixo. — Johan, seu genro ainda trabalha na Universidade Amitade?
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