A volta
para casa fora longa e, ter errado novamente no pedido, fez Manoela pensar
muita coisa naquele retorno. O próprio Pepe teve que falar com a cliente se
desculpando e enviando uma segunda refeição. Ela estava extremamente
irritadiça, xingando e ameaçando o estabelecimento. Foi um dia duro.
Já era
início de madrugada quando Manoela chegou em casa. Ficava cada vez mais difícil
voltar. Não tinha vontade. A decepção com o casamento era grande demais e
sugava suas energias. Entrou no apartamento e, silenciosamente foi ao quarto. Ali
encontrou o esposo desnudo, dormindo de lado, sereno.
“Indefeso.”
Quase
ouviu a voz em sua mente, mas ignorou. Foi à cozinha e, enquanto uma água para
chá esquentava, analisou outras possibilidades. Olhou para o faqueiro onde
descansavam 5 grandes e afiadas facas. Seria apenas uma na jugular.
“Não!”
Sob
a pia, viu os grandes latões de óleo e pensou em deixá-los em ponto de fritura.
Era só jogar de uma vez sobre ele e vê-lo descamar e carne viva.
“Não.”
Lembrou-se
do veneno para ratos que pegara no restaurante. Uma boa dose oculta entre uma
saborosa sobremesa e assistí-lo vomitar e sangrar pela boca.
“Não…”
Ela
não queria levar essa culpa consigo. Por aquele momento, comendo um de seus
salgados, se lembrou de quando conheceu o marido. Fazia uns oito anos. Ela
trabalhava fazendo doces e salgados por encomenda e, quando ele comeu o
primeiro, se apaixonou pelo tempero. Praticamente todos os dias ele encomendava
e assim foram se aproximando, se gostando e se juntando. O sexo acontecia
normalmente, 2 ou até 4 vezes por semana e nunca decaiu. Mesmo naqueles dias.
“Gosto de mulher mais cheinha.”
Era
o que sempre ele lhe dizia. E Manoela se mantinha assim. Não gorda. Mas com uma
boa sobra. Onde marido a pegava com
força e com desejo, do jeito que ela aprendeu a gostar. Respirou fundo com a
recordação, mais que isso. Foi para o quarto, abaixou o calção do esposo e
abocanhou o membro. Havia a vergonha em saber que seu marido transava com qualquer
outra coisa? Sim. Mas a sua necessidade era maior.
—
Chupa, minha porcona.
Ele
agora a conduzia pelos cabelos, ajudando no movimento de subir e descer. Rápido
ele gozou. Manoela bochechou o esperma, sentindo o gosto e engoliu cada gota.
—
Vai tomar banho e volta aqui.
“Obedecer!
Obedecer!”
Ela
mantinha o pensamento quase insano. Mas era a atitude submissa que a tomava.
Então, rápida, ela correu para o banheiro. Frente ao espelho conferiu os pelos
pubianos.
“Ele
gosta de um bigodinho.”
Passou
todos os produtos que utilizava para a ocasião. Ela não se preparava, simplesmente
para o sexo, não. Se preparava para ser servida em uma bandeja para o marido. Só
de pensar assim, já sentia a lubrificação aumentar. Lavou mais um pouco só para
limpar o que escorria. Se enxugou e voltou para o quarto, ainda enrolada na
toalha. Ele já a aguardava e a fez sentar em sua vara. O desejo, o domínio, a
sujeição, a paixão, tudo isso chicoteava o cérebro de Manoela que apenas se
entregou, necessitada e desejosa.
“Não é normal, mas não há outro caminho.”
Pensava enquanto ela montava sobre ela e a fodia vigorosamente.
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