Boin - Capítulo 031

A volta para casa fora longa e, ter errado novamente no pedido, fez Manoela pensar muita coisa naquele retorno. O próprio Pepe teve que falar com a cliente se desculpando e enviando uma segunda refeição. Ela estava extremamente irritadiça, xingando e ameaçando o estabelecimento. Foi um dia duro.

Já era início de madrugada quando Manoela chegou em casa. Ficava cada vez mais difícil voltar. Não tinha vontade. A decepção com o casamento era grande demais e sugava suas energias. Entrou no apartamento e, silenciosamente foi ao quarto. Ali encontrou o esposo desnudo, dormindo de lado, sereno.

“Indefeso.”

Quase ouviu a voz em sua mente, mas ignorou. Foi à cozinha e, enquanto uma água para chá esquentava, analisou outras possibilidades. Olhou para o faqueiro onde descansavam 5 grandes e afiadas facas. Seria apenas uma na jugular.

“Não!”

Sob a pia, viu os grandes latões de óleo e pensou em deixá-los em ponto de fritura. Era só jogar de uma vez sobre ele e vê-lo descamar e carne viva.

“Não.”

Lembrou-se do veneno para ratos que pegara no restaurante. Uma boa dose oculta entre uma saborosa sobremesa e assistí-lo vomitar e sangrar pela boca.

“Não…”

Ela não queria levar essa culpa consigo. Por aquele momento, comendo um de seus salgados, se lembrou de quando conheceu o marido. Fazia uns oito anos. Ela trabalhava fazendo doces e salgados por encomenda e, quando ele comeu o primeiro, se apaixonou pelo tempero. Praticamente todos os dias ele encomendava e assim foram se aproximando, se gostando e se juntando. O sexo acontecia normalmente, 2 ou até 4 vezes por semana e nunca decaiu. Mesmo naqueles dias.

“Gosto de mulher mais cheinha.”

Era o que sempre ele lhe dizia. E Manoela se mantinha assim. Não gorda. Mas com uma boa sobra. Onde marido a pegava com força e com desejo, do jeito que ela aprendeu a gostar. Respirou fundo com a recordação, mais que isso. Foi para o quarto, abaixou o calção do esposo e abocanhou o membro. Havia a vergonha em saber que seu marido transava com qualquer outra coisa? Sim. Mas a sua necessidade era maior.

— Chupa, minha porcona.

Ele agora a conduzia pelos cabelos, ajudando no movimento de subir e descer. Rápido ele gozou. Manoela bochechou o esperma, sentindo o gosto e engoliu cada gota.

— Vai tomar banho e volta aqui.

“Obedecer! Obedecer!”

Ela mantinha o pensamento quase insano. Mas era a atitude submissa que a tomava. Então, rápida, ela correu para o banheiro. Frente ao espelho conferiu os pelos pubianos.

“Ele gosta de um bigodinho.”

Passou todos os produtos que utilizava para a ocasião. Ela não se preparava, simplesmente para o sexo, não. Se preparava para ser servida em uma bandeja para o marido. Só de pensar assim, já sentia a lubrificação aumentar. Lavou mais um pouco só para limpar o que escorria. Se enxugou e voltou para o quarto, ainda enrolada na toalha. Ele já a aguardava e a fez sentar em sua vara. O desejo, o domínio, a sujeição, a paixão, tudo isso chicoteava o cérebro de Manoela que apenas se entregou, necessitada e desejosa.

“Não é normal, mas não há outro caminho.”

Pensava enquanto ela montava sobre ela e a fodia vigorosamente.


Nenhum comentário:

Ichiria - A Demônia Cega [Sinopse]

  Para manter sua mãe viva, Francisco não mediria esforços. Aceitaria até se comprometer com Clara, a executora de assassinatos que integrav...