Na sala, o bipe do relógio tocou quase inaudível, marcado 21h. Não que os presentes não tivessem ouvido, mas não conseguiam lhe dar atenção. Dentro do quarto, Nogueira comandou:
— Fica de quatro.
Mesmo com incômodos pelo
corpo, sem qualquer questionamento, Rafaela obedeceu. O rapaz cuspiu no meio
das nádegas da policial que sentiu o líquido morno escorrer pelo ânus.
— Eu nunca fiz isso antes.
Mas ele ignorou e começou a
penetração. Assim que a cabeça passou, ela gemeu:
— Tira! Está doendo.
Rafaela começava a ir pra
frente para sair da posição.
— Cala a boca. Se você tirar
de dentro, pode ir embora também.
Ela voltou lentamente para
trás, sentindo a pressão.
Ardência e dores recomeçaram
assim que ele voltou a empurrar o membro para dentro dela. Para tentar diminuir
a dor, Rafaela começou a se masturbar, mas Nogueira segurou as mãos dela, a
impedindo de continuar. Só então ela ouviu o que ele ouviu minutos atrás:
“Gorranz…”
E, com as próprias mãos, a
policial arreganhava as nádegas, permitindo que ele a invadisse. Foi assim que
Nogueira sentiu todo o seu membro dentro dela. Quando começou o movimento de
vai-e-vem, percebeu que tinha sangue naquela parte. Quando sinalizou que
pararia, ouviu dela:
— Continua.
Foi depois de um bom tempo
de movimento que ele parou. Nogueira também sentia dores, mas nas pernas e
quadril pelo longo período em pé e movimento constante. Quando retirou o membro
de dentro dela, Rafaela sentiu um frio vazio, e correu por sobre ele, se
sentando e sendo novamente invadida em seu ânus.
— Escuta: faz o que você
quiser fazer, só não tira isso de dentro de mim. — E o beijou. — Não agora.
E a policial se movia
lentamente para cima e para baixo. Mas não conseguiu se controlar por muito
tempo, e logo ela estava frenética, quicando ensandecida sobre aquela vara,
como se tivesse começando tudo agora. E depois de quase duas horas, ela parou ofegante
e suada, e ficou ali, deitada sobre Nogueira, sentindo tremores e dores pelo
corpo, que reclamava da longa maratona. Diante do silêncio do rapaz, ela
perguntou:
— Você gostou?
Mas ele apenas ouviu:
“Keubus…”
E imediatamente se levantou,
a jogando para o lado. Então a agarrou pelos cabelos e a arrastou da cama para
a sala.
— Nogueira! Pelo amor de
Deus! O que você está fazendo?
Ele a conduziu até a porta
da sala e entregou-lhe o uniforme.
— Por favor! Me deixa ficar
aqui com você!
— Você não pode!
— Mas porque? Eu não
entendo! — Rafaela começava a chorar.
— Eu sou negro!
— Nogueira! Eu quero você!
Eu quer…
— Fora daqui!
Ele destrancou a fechadura, abriu a porta e a empurrou para fora. Rápida a policial correu para dentro da viatura e, em meio às lágrimas de raiva e rejeição, se vestiu. Dirigiu perturbada até em casa, e passou pela sala, onde sua mãe estava. Nada falou e entrou para o banheiro. Debaixo do chuveiro, enquanto a água morna caia, ela chorava furiosa.
— Desgraçado!
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