Ehso - Capítulo 044

 

Na sala, o bipe do relógio tocou quase inaudível, marcado 21h. Não que os presentes não tivessem ouvido, mas não conseguiam lhe dar atenção. Dentro do quarto, Nogueira comandou:

— Fica de quatro.

Mesmo com incômodos pelo corpo, sem qualquer questionamento, Rafaela obedeceu. O rapaz cuspiu no meio das nádegas da policial que sentiu o líquido morno escorrer pelo ânus.

— Eu nunca fiz isso antes.

Mas ele ignorou e começou a penetração. Assim que a cabeça passou, ela gemeu:

— Tira! Está doendo.

Rafaela começava a ir pra frente para sair da posição.

— Cala a boca. Se você tirar de dentro, pode ir embora também.

Ela voltou lentamente para trás, sentindo a pressão.

Ardência e dores recomeçaram assim que ele voltou a empurrar o membro para dentro dela. Para tentar diminuir a dor, Rafaela começou a se masturbar, mas Nogueira segurou as mãos dela, a impedindo de continuar. Só então ela ouviu o que ele ouviu minutos atrás:

“Gorranz…”

E, com as próprias mãos, a policial arreganhava as nádegas, permitindo que ele a invadisse. Foi assim que Nogueira sentiu todo o seu membro dentro dela. Quando começou o movimento de vai-e-vem, percebeu que tinha sangue naquela parte. Quando sinalizou que pararia, ouviu dela:

— Continua.

Foi depois de um bom tempo de movimento que ele parou. Nogueira também sentia dores, mas nas pernas e quadril pelo longo período em pé e movimento constante. Quando retirou o membro de dentro dela, Rafaela sentiu um frio vazio, e correu por sobre ele, se sentando e sendo novamente invadida em seu ânus.

— Escuta: faz o que você quiser fazer, só não tira isso de dentro de mim. — E o beijou. — Não agora.

E a policial se movia lentamente para cima e para baixo. Mas não conseguiu se controlar por muito tempo, e logo ela estava frenética, quicando ensandecida sobre aquela vara, como se tivesse começando tudo agora. E depois de quase duas horas, ela parou ofegante e suada, e ficou ali, deitada sobre Nogueira, sentindo tremores e dores pelo corpo, que reclamava da longa maratona. Diante do silêncio do rapaz, ela perguntou:

— Você gostou?

Mas ele apenas ouviu:

“Keubus…”

E imediatamente se levantou, a jogando para o lado. Então a agarrou pelos cabelos e a arrastou da cama para a sala.

— Nogueira! Pelo amor de Deus! O que você está fazendo?

Ele a conduziu até a porta da sala e entregou-lhe o uniforme.

— Por favor! Me deixa ficar aqui com você!

— Você não pode!

— Mas porque? Eu não entendo! — Rafaela começava a chorar.

— Eu sou negro!

— Nogueira! Eu quero você! Eu quer…

— Fora daqui!

Ele destrancou a fechadura, abriu a porta e a empurrou para fora. Rápida a policial correu para dentro da viatura e, em meio às lágrimas de raiva e rejeição, se vestiu. Dirigiu perturbada até em casa, e passou pela sala, onde sua mãe estava. Nada falou e entrou para o banheiro. Debaixo do chuveiro, enquanto a água morna caia, ela chorava furiosa.

— Desgraçado!

Nenhum comentário:

Ichiria - A Demônia Cega [Sinopse]

  Para manter sua mãe viva, Francisco não mediria esforços. Aceitaria até se comprometer com Clara, a executora de assassinatos que integrav...