Do meio de uma densa escuridão
que tomava as bordas daquele lugar, vindos dois de cada lado, seres demoníacos
de forma distorcida, se aproximaram dos três pontos de energias. E o primeiro
bradou:
— Eu, Ruidok,
líder da falange Teriaque, em nome de Satã, reclamo essas três almas. — E
fincou sua arma no chão.
Em seguida o
próximo:
— Eu, Guidas,
líder da falange Quildrim, em nome de Belphegor, reclamo essas três almas. — E
fincou sua arma no chão.
E o outro:
— Eu,
Tudas-Lon, líder da falange Biasto, em nome de Astaroth, reclamo essas três
almas. — E fincou sua arma no chão.
Então o
último:
— Eu,
Kobalas-Don, líder da falange Dusgue, em nome de Azazel, reclamo essas três
almas. — E fincou sua arma no chão.
E os quatro se olhavam ameaçadoramente, e olharam para as almas e novamente se olharam. Quando Guidas diria algo, um vulcão entrou em erupção próximo, e a claridade avermelhada da lava iluminou levemente o lugar, o suficiente para revelar que a falange Dusque, formada por miríades e miríades, cercava não só as falanges Teriaque, Quildrim e Biasto, assim como todo o lugar. Não restou alternativa aos demais líderes senão desencravar suas armas do chão e iniciar lenta retirada.
— Isso não vai
ficar assim, Kobalas-Don — rosnou Ruidok.
— Já ficou. —
As miríades se posicionaram na retaguarda de seu líder. — E barato para vocês.
Assim que os
demais grupos se afastaram, Dimaias se aproximou:
— E agora,
Kobalas-Don? Cruzes Profanas, Açoites de Salimão ou Cacetete Anestésico?
O líder
ponderava diante das hordas.
— O caminho
até a fortaleza de Liotressan é longo. Podemos usar de tudo um pouco. — As
miríades urraram em contentamento. — “Só não entendendo porque Azazel exige que
cada captura seja levada imediatamente aos seus domínios. Perdemos muito tempo
assim.”
Os demônios prepararam as
vítimas e, ao comando de Kobalas-Don, começaram a caminhada e a tortura. Os
chicotes estalavam sobre as três almas em uma sequência tão grande, dado a
quantidade de demônios, que era quase impossível de se contar. A primeira leva
de chibatadas abria as feridas. Os gritos eram horríveis. Em seguida demônios
alados jogavam sal grosso. A segunda leva de chibatadas prensava os cristais de
sal para dentro das feridas, ampliando em muito a gritaria. Então outros
demônios despejavam uma mistura de limão e vinagre. Tinha alma que desmaiava
tamanha a tormenta. Quando isso acontecia, todos paravam de andar, esperavam a
alma recobrar os sentidos e recomeçavam a caminhada e a tortura.
Tudo isso acontecia a
certa distância daquele do ser que permanecia parado, apenas utilizando as
habilidades da visão. Foi quando surgiu nova mensagem:
SISTEMAS:
HIDRÁULICO: 100%
DE TRANSMISSÃO: 100%
ENEVOAÇÃO: 100%
TRANSPARÊNCIA: 100%
BLINDAGEM: 100%
MIRA: 100%
“Então existe outro
lugar.”
E, furtivamente, acompanhou o grupo.
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