Vinham
pouco cansados, mas com muita esperança em seus corações.
— Eu
quase não acredito que existe a chance de conseguirmos o dinheiro.
— É…
confesso que, também duvidei.
—
Mas não sei. Tenho comigo que tem dedo da dona Clarice nesse último trabalho
que consegui. O dono do estabelecimento foi tão curto e prático comigo.
—
Pode ter o dedo dela, mas ela não agiria assim se não visse seus valores.
—
Nisso concordo. Ela também é uma mulher de muita determinação. Sempre atenta
com todos os setores da empresa. Só nunca entendi porque os filhos dela não estão
com ela no negócio.
— Ah! Nem sempre os filhos dão continuidade aos negócios dos pais. Mas talvez participem de forma indireta.
—
Talvez. — Diana ponderou um pouco em outro assunto que gostaria de conversar
com o marido. — Estava pensando se não conseguimos alguma coisa para a sua irmã
fazer. Que acha?
—
Também pensei o mesmo. Será que ela aceitaria lavar pratos ou fazer entrega?
—
Não vejo porque não.
—
Certo. Mas me fala: o que temos para a ceia hoje?
—
Uma deliciosa sopa verde. E de sobremesa, torta de amora.
Eram 22h30 quando chegaram à entrada do prédio. Não perceberam que, da praça logo à frente, eram observados por um rapaz sentado no banco. Discretamente ele pegou uma caneta e, em um caderninho, anotou algo. Pegou o celular e saiu caminhando, deixando o posto de vigia.
Animados o casal passou pela entrada e subiu para o apartamento. O banho foi rápido e a refeição também. Às 23h18, eles deitavam para dormir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário