— Não que eu não
consiga, mas não quero.
— Não entendo. É uma
possibilidade maravilhosa.
— Isso te absorve
demais e, aos poucos, te perdemos. — Elizabeth sabia bem sobre o que falava.
— Podemos mudar isso.
— Isso só mudará se
você alterar o tipo do empreendimento. Não tenho como suportar mais a velha
rotina.
— Entendo, e se você
está falando assim, está claro que pensou em algo. — Mario sorriu.
— Você tem nome na praça, know how e anos de prática nessa área. Conhece fabricantes e fornecedores, além de compradores. Por isso pensei em representação comercial.
— Representação?
— Claro! Você só
teria o trabalho de ligar os fabricantes aos consumidores. O investimento
inicial não é tão vultuoso, o tempo empenhado será menor. É o que você pode
fazer usando o meu nome.
— Mas os ganhos… —
Mario disse, com certo desânimo.
— Com o tempo e o
planejamento, os ganhos aumentarão. Mas…
— Mas…? — Ele ficou
curioso.
— Eu serei o seu
medidor. Eu te informarei caso o tempo empenhado nessa atividade comece a
interferir na qualidade de vida.
— Estarei atento a
isso.
— Oh sim, você
estará. Considere que o meu aviso será um alerta de que o nosso casamento corre
risco.
As palavras de
Elizabeth foram frias e objetivas, mas o seu esposo as percebeu como
sinceridade e comprometimento com a família.
— Entendo e aceito. —
O abraço foi prolongado, o beijo veio morno e devoto. — Como sempre, você me
dando suporte.
E no silêncio daquela manhã, subiram para o quarto onde se amaram até próximo ao horário do almoço.
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