Ehso - Capítulo 040

 

Eram 12h quando, mais uma vez o telefone tocou, tirando Nogueira da sua linha de raciocínio diante do computador.

— Ratstar, bom dia!

Do outro lado, nenhuma palavra e, como das outras vezes, ele desligou. Cinco minutos depois nova ligação. Ao reconhecer o número, atendeu de uma forma mais cordial:

— Acabo de anotar esse número e, se não falar o que quer comigo, vou entrega-lo à polícia.

A ameaça causou a resposta:

— Eu sou a polícia!

E, de imediato, ele reconheceu a voz.

— Rafaela? O que está acontecendo?

— Eu não sei, Nogueira. Eu não sei.

— Olha, seja o que for, se eu puder te ajudar, eu o farei.

— Sério?

— Tem minha palavra. Até porque, ficar me ligando desse jeito, não dá.

Rafaela pensou um pouco e começou.

— Nogueira, meus últimos encontros, quando aconteciam, eram verdadeiros fiascos. Fazia tempo que eu não saia com um homem tão atencioso e perfumado como você. — Ela parou de falar se sentindo confusa. — Ai meu Deus, o que estou dizendo?

— Pode falar. Coloca pra fora. — Nogueira a incentivava.

— Eu achava que o problema era comigo. De certa forma é mas, depois de ontem, muita coisa mudou, porém nem tudo.

— Fico feliz que esteja passando por essas transformações positivas.

— Gostei muito de você, Nogueira, mas não consegui me entregar.

— Porque?

Após uma breve pausa, ela resolveu falar a verdade:

— Porque você é negro. — O silêncio seguiu dos dois lados da linha por um tempo. — Nogueira? Alô?!

Ele apertou o botão encerrando a ligação e deixou o fone fora do gancho. Seus olhos marejaram, ocultando uma ira velada, após ouvir aquelas palavras. Acabou a concentração, acabou a paciência. Enquanto organizava suas coisas, o telefone na mesa ao lado tocou. Apenas com os olhos ele olhou o aparelho, mas não atendeu. Pegou o seu casaco, desligou o computador, e saiu caminhando rumo à porta e ao estacionamento. Assim que saiu o telefone de outra mesa tocou e uma assistente atendeu:

— RatstaR, bom dia!

— Por favor, o Nogueira.

— Ele acaba de sair.

— Obrigada! — E Rafaela desligou.

A viatura saiu da delegacia em altíssima velocidade e com as luzes acionadas. Parecia estar em perseguição, mas era a policial se dirigindo para a casa de Nogueira.

“Ele só pode ter ido pra lá.”

E não houve espanto quando ela chegou quase junto com ele. O rapaz já destrancava a porta quando ela desembarcou pouco mais de 10 horas da manhã:

— Nogueira! Espere! — Ele parou pouco depois da porta para escutá-la. — Me desculpe! Por favor, me desculpe!

Com certa rigidez, ele a chamou para dentro. Rafaela travou toda a viatura e entrou. Frente a frente a diferença de estatura se mostrava gritante, ela chegava ao ombro dele. Foi com um carinho surpreendente que ele a puxou para si:

— Você me perdoa, Nogueira? Me perdoa?

Desde a conversa por telefone, ele lutava contra uma vontade desenfreada em surrá-la, em quebrar aquele corpo e larga-la pela rua. Mas agora, diante dela, ele nada falou e a beijou, retirando todo o uniforme dela. Em instantes a garota estava nua em sua sala, e ela pediu:

— Me deixa tirar a sua roupa.

Rafaela desabotoou a camisa do Nogueira e a retirou, sentindo tanto a fragrância, quanto os pelos. Assim também pode ver os braços torneados do rapaz. Mais ansiosa, desceu para a fivela do cinto, e a abriu, tendo acesso ao botão. A proximidade a fazia observar algo pulsando por sob a calça. Após liberar o botão da calça, lentamente baixou o zíper e teve a nítida impressão de que o volume aumentara. Como uma criança desembrulhando um presente, ela teve acesso à cueca e, puxando as duas peças, liberou o bruto.

— Meu Deus! O que é isso?

Os olhos da garota brilharam ao ver os 22 centímetros de carne negra e rija, envolta por grossas veias que culminavam numa grande chapeleta roxeada. Foi hipnótico para ela, que se ajoelhou, devota, necessitada, desejando se entregar em sacrifício. A curta distância permitia que ela sentisse o calor daquele cetro de prazer. E assim que aquilo tocou sua face, ela ouviu um sussurro:

“Prugjun…”

E, voltando o olhar para Nogueira, Rafaela se sentiu mais carente, mais submissa. Por isso esfregava o rosto na virilha do negro, sentindo o cheiro natural por entre os pelos pubianos. Beijando todo aquele corpo cilíndrico, voltou à cabeça do membro, e abriu a boca tentando abarcá-lo o quanto conseguisse. Com volúpia forçava-o contra a própria garganta, como se tentasse colocá-lo inteiro dentro de si. O período sem respiração a deixava vermelha e com as veias do pescoço bem salientes. Babava, chorava, mas tentou várias vezes e por um bom tempo, sem êxito, mas se satisfazia com aquilo.

Com cuidado ele retirou o membro da boca de Rafaela, e erguendo-a no colo, levou-a até a cama e subiu sobre ela, beijando sua boca, sorvendo e mordendo os seus seios, até chegar à sua rosada intimidade. Então o sussurro que só ele ouviu:

“Prugjun…”

E, num ímpeto de desejo e fúria contida, deu tapas naquela parte de Rafaela. Cada golpe, bem aplicado, arrancava um gemido da garota. Até que ela sentiu algo quente e molhado, percorrer de baixo até acima, chegando ao seu grelo. As chupadas, os puxões, os maltratos. Gozou.

— Mais! Me dá mais!

Ela já não tinha controle, parecendo bêbada de prazer.

— Relaxa. — Quando Nogueira olhou novamente, os grandes lábios de Rafaela estavam avermelhados, muito inchados e molhados. — Agora eu vou entrar.

Ele posicionou a ponta entre as carnes de Rafaela e, num momento compassado e lento, foi abrindo passagem.

A sensibilidade dela estava altíssima. A cada imperfeição que sentia invandindo sua intimidade, ela gozava.

— Tudo bem?

Mas durante um tempo ela não o respondeu, apenas sofrendo espasmos embaixo dele, com novos jatos de gozo. Quando conseguiu algum controle, ela deu uma leve puxada nos braços de Nogueira que início aos movimentos.

Eram apenas as preliminares.

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