Ehso - Capítulo 031

 

Era noite e, após esvaziar a igreja, ele retornou para o seu gabinete. Então o telefone tocou.

— Igreja Universo de Jeová, Romano falando.

— Aqui é o delegado da cidade de Corumbá, Mato Grosso do Sul.

— Em que posso ajuda-lo, delegado?

— Olha, no início da noite de hoje, numa ação policial na rodovia de principal acesso de nossa cidade, nós paramos um veículo com três homens dentro. Eles se identificaram como ministros do seu templo.

— É muito comum a movimentação entre as unidades.

— Entendo. Mas me deixe continuar. Com a demora para checar os documentos, eles ficaram nervosos, tensos, e os policiais pediram para que desembarcassem do veículo e abrissem o porta-malas. Tentaram de toda forma possível, dissuadir os oficiais, mas ao fim abriram. Para a nossa surpresa encontramos, 13 pistolas, 8 metralhadoras, 5 rifles, 3.000 cartuchos de munição, 12 granadas.

Durante alguns instantes, Romano permaneceu calado e sem reação.

— Eu… Eu não… não sei o que dizer.

— Estou ligando para avisar, até porque, a informação vazou e alguns jornalistas estão aqui coletando informações e gravando o que podem. É questão de tempo até cair na internet e outras redes de comunicação.

— Obrigado, delegado Teixeira.

— Por nada! Apenas cumprindo o meu dever.

Ao desligar o telefone, Romano recostou na cadeira, esticando os braços e respirando fundo. Se colocou de pé e caminhou de um lado para o outro até que, num ímpeto, esmurrou a mesa.

— Droga! — Berrou.


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